Corpo Alma e Espírito - Estudo da Tricotomia

Corpo alma e espírito – Tricotomia – A Necessidade de Restauração na Alma

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Corpo alma e espírito – Tricotomia – A Necessidade de Restauração na Alma

E book A necessidade de restauração na alma

Estudo sobre o corpo alma e espírito -tricotomia

E book A necessidade de restauração na alma

Corpo alma e espírito e como o homem é formado segundo a visão da tricotomia, a antropologia Bíblica é o estudo do homem a luz da Bíblia, apesar de entender que existem outras formas de entender a essência do homem, como o monismo, dicotomia ou unidade condicional entendemos a tricotomia como a melhor explicação a luz da Bíblia.

Compartilhamos nesse artigo e e-book dois comentários sobre alma e espírito do dicionário Vine e do Dicionário Champlin para esclarecer o tema da tricotomia e optamos não abordar o tema do corpo por entender que a pouca ou nenhuma discordância o necessidade de esclarecimento.

A ênfase da Bíblia é na unidade, originalmente o homem foi criado para nunca ter o corpo, alma e espírito separados Gn 2:7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.

A ressurreição dá sinal claro dessa verdade, o homem original foi criado para nunca morrer. Sendo assim a volta de Jesus restaurará pela ressurreição a unidade original do homem.

Genesis mostra o homem sendo a imagem e semelhança de Deus, se Deus é trino, o homem como imagem dele é trino também. O texto de Gn 2:7 apresenta a alma sendo o resultado da união do corpo (pó) com o sopro de Deus (espírito) … e o homem foi feito alma vivente.

Outra referência muito relevante para a compreensão do tema é Hb 4:12 onde duas palavras gregas são apresentadas, psique para alma e pneuma para espírito.

Pr. Marcio Junior

Alma nos originais hebraicos – Tricotomia

Nephesh (נפש): “alma, ego, vida, pessoa, cora­ção”. Este é um termo muito comum nos idiomas semíticos antigos e modernos. Ocorre mais de 780 vezes no Antigo Testamento e está distribuído uni­formemente em todos os períodos do texto com frequência particularmente alta nas passagens poé­ticas.

O significado básico está relacionado com a rara forma verbal, nãphash. O substantivo se refere à essência da vida, ao ato de respirar, tomar fôlego. A partir deste conceito concreto, vários significados mais abstratos foram desenvolvidos. Em seu senti­do primário, vemos o substantivo em sua primeira ocorrência em Gn 1.20: “Répteis de alma vivente [criaturas viventes que se movem (“enxames de se­res viventes7’, ARA)]”, e em sua segunda ocorrência em Gn 2.7: “Alma vivente”.

Em mais de 400 ocorrências mais recentes, nephesh é traduzido por “alma”. Ainda que sirva para dar sentido na maioria das passagens, é uma infeliz tradução incorreta do termo. A real dificul­dade do termo é vista na inabilidade de quase todas as traduções de encontrar um equivalente consis­tente ou mesmo um grupo pequeno de equivalentes de alta frequência para o termo. O problema com o termo “alma”, é que nenhum equivalente do termo ou a idéia por trás dele é representado no idioma hebraico.

O sistema hebraico de pensamento não inclui a combinação ou oposição dos termos “cor­po” e “alma”, que na verdade são de origem grega e latina. O hebraico contrasta dois outros conceitos que não são encontrados na tradição grega e latina: “o eu interior” e “a aparência exterior” ou, como vistos num contexto diferente, “o que a pessoa é para si mesma” cm oposição a “0 que a pessoa pa­rece ser aos que a observam”. A pessoa interior é nephesh, no passo que a pessoa exterior, ou reputa­ção, é sem, mais comumente traduzido por “nome”.

Nas passagens narrativas ou históricas do Antigo Testamento, nephesh é traduzido por “alma” ou “vida”, como em Lv 17.11: “Porque a vida da carne está 110 sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação [por vás]” < ARA). É desneces­sário dizer que a leitura “alma” é sem sentido em tal texto.

Mas a situação nas numerosas passagens poéti­cas paralelas nas quais o termo aparece é muito mais difícil. A Septuaginta grega e a Vulgata latina usam simplesmente o equivalente grego e latino para “alma”. sobretudo nos Salmos. A primeira ocorreu- cia está no SI 3.2: “Muitos dizem da minha alma: / / Não há salvação para ele em Deus”.

A próxima ocorrência está no SI 6.3: “Até a minha alma está perturbada; // mas tu. SENHOR, até quando?” Em ambas as passagens, o contraste paralelo está entre nephesh e algum aspecto do ego, expressado por “ele” no SI 3.2 e não expresso, mas entendido no SL 6.3.Não há distinção no que tange a se assemelhar a uma palavra “A” ou palavra “B” no paralelismo.

Porém, visto que o hebraico rejeita repetir o mesmo substantivo em ambas as metades de uma linha po­ética, nephesh é usado como paralelo àquele que fala, sujeito pessoal primário e mesmo a Deus, como no SL 11.5: “0 SENHOR prova o justo, mas a sua alma aborrece o ímpio // e o que ama a violência [que ele tem]”. Tais passagens são frequentes e uma compreensão adequada da palavra ilumina muitas passagens famosas, como SL 119.109: “A minha alma [vida] está de contínuo nas minhas mãos; // todavia, não me esqueço da tua lei”.

As versões variam grandemente em suas leituras de nephesh, com as versões mais contemporâneas valendo-se amplamente de significados.

Verbo

O verbo naphash quer dizer “respirar, tomar alento, restaurar-se, refrescar-se”. Este verbo, que está relacionado com o substantivo nephesh , ocor­re três vezes no Antigo Testamento (Êx 23.12 -31.17). A outra ocorrência está em 2 Sm 16.14: Έ o  rei e todo o povo que ia com ele chegaram cansa­dos e refrescaram-se ali”.

Dicionário Vine

Definição de Espírito segundo Champlim

Podemos estudar com maior proveito o conceito de «espírito», nas páginas da Bíblia, acompanhando o seguinte esboço:

Esboço:

I.    Termos Usados

II.    Espírito como um Ser Inteligente, Destituído de Corpo

III.    O Princípio Vital do Homem

IV.    A Ajuda da Ciência e o Sobre-Ser

V.    O Ser Essencial do Homem

VI.    A Disposição Dominante do Homem

I.    Termos Usados

O Antigo Testamento usa a palavra ruach por quase quatrocentas vezes. Esse substantivo deriva-se de um verbo que quer dizer «respirar» ou «soprar». O substantivo pode ser traduzido como «respiração» (por exemplo, Sal. 18:15; em português, «resfolgar»), «vento» (por exemplo, Gên. 8:1) ou «espírito».

O termo grego pneuma (ligado ao verbo pnéo, «soprar» ou «respirar») também é usado com grande frequência no Novo Testamento, trezentas e setenta vezes. Pode significar «sopro» (por exemplo, II Tes. 2:8), «vento» (por exemplo, João 3:8), mas, na maioria esmagadora das vezes, «espírito», indicando ou o Espírito de Deus, ou o espirito humano, ou algum outro ser espiritual qualquer.

II.    Espírito como um Ser Inteligente, Destituído de Corpo

A definição de pneuma no Novo Testamento (o que tem algum paralelismo com o termo hebraico ruach, que lhe corresponde no Antigo Testamento), cobre um largo espectro de significados. Refere-se a algum ser inteligente, dotado de sentimentos, destituído de corpo, pelo que é o elemento em virtude do qual um ser vivo é inteligente, dotado de sentimentos, etc.

Todo espirito é vivo, mas não está necessariamente envolvido com alguma forma material, como é o caso, por exemplo, dos anjos e dos demônios, que nunca tiveram corpos físicos, mas que, nem por isso, são destituídos de todas as qualidades próprias de personalidade.

a. Deus como Espirito. Foi o próprio Senhor Jesus quem definiu Deus como um espirito, tendo ajuntado que os seus adoradores precisam adorá-lo «em espirito e em verdade» (João 4:24). Também é no Novo Testamento que a Bíblia desenvolve a doutrina do Espirito Santo, mostrando claramente a personalidade do Espírito de Deus, contrariando a opinião de alguns que imaginam que o Espirito de Deus é apenas alguma influência ou emanação divina.

Cabe-nos observar aqui, entretanto, que o Antigo Testamento, a despeito de seu rico antropomorfismo quando se refere a Deus, deixa entendido, com bastante frequência que Deus é um espirito. Ali o Espírito de Deus manifesta-se ativo na natureza e nas vidas dos homens, de diversas maneiras. Ver sobre o Espírito Santo.

b.    Outros Seres Espirituais. Deus criou seres vivos que são «espíritos», os quais são moralmente responsáveis diante dele, embora destituídos de corpo físico. E também criou o homem, que é um espirito dotado de corpo físico. Portanto na criação há uma verdadeira escala: Deus (espirito perfeitíssimo, a origem de qualquer outra vida); os anjos (espíritos puros, sem corpo físico); o homem (um misto de espírito e corpo físico); e os animais (seres vivos dotados de alma e corpo, mas não de espirito, pelo menos segundo a opinião de muitos estudiosos).

A existência dos espíritos angelicais e a influência que exercem sobre os homens são pontos referidos em vários trechos do Antigo e do Novo Testamentos, conforme se vê em I Reis 22:21; Jó 4:15; Luc. 24:39; Atos 23:8.

Esses espíritos podem ser bons espíritos ministrantes, que atuam favoravelmente aos homens (Heb. 1:14), ou então podem ser espíritos malignos (Juí. 9:23; I Sam. 16:14 ss; Mat. 10:1). Os homens podem ser habitação do Espirito de Deus, a quem obedecem; ou podem ser vitimas daquele que é descrito como o «espirito que agora atua nos filhos da desobediência» (Efé. 2:2). Os falsos mestres são precisamente aqueles que são impulsionados por «espíritos enganadores» (I Tim. 4:1).

É por causa da existência e atuação destes últimos que os crentes precisam atender ao conselho dado pelo apóstolo João: «…provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saido pelo mundo afora» (I Jo. 4:1). Esses falsos profetas, atuados por espíritos demoníacos, empenham-se em negar as verdades que cercam a pessoa de Jesus Cristo, o Deus-homem.

c.    Espíritos Humanos Desincorporados. Algumas poucas passagens bíblicas aludem ao espirito humano separado do corpo por ocasião da morte física. Para exemplificar, o trecho de Hebreus 12:23 fala sobre os «espíritos dos justos aperfeiçoados», ao passo que I Pedro 3:19 fala em «espíritos em prisão». Essas referências bíblicas não são contrárias à esperança final, expressa por Paulo, por exemplo, em II Coríntios 5:1-5, no sentido de que, depois desta vida terrena, o homem não será um espirito nu, e, sim revestido de um corpo celestial.

III. O Princípio Vital do Homem

Por várias vezes em que a palavra «espirito» é empregada no Antigo e no Novo Testamentos ela indica o principio vital ou energia de vida do homem (e, ocasionalmente, a energia vital de animais irracionais, como se vê, por exemplo, em Ecl. 3:21). Deus é quem outorga esse espirito de vida ao homem (Isa. 42:5; Zac. 12:1), e é ele quem sustenta esse espirito de vida (Jó 10:12). Tanto na vida terrena, como quando por ocasião da morte, quando o espirito separa-se do corpo físico, o homem só pode entregar o seu espirito aos cuidados de Deus (Sal. 31:5; Ecl. 12:7; Luc. 23:46).

Em um sentido menos absoluto, o espirito humano também é a animação e a vivacidade que ele possui, física e psiquicamente. E quando um homem se desanima, ou perde a coragem, segundo as Escrituras é descrito como a falha ou a partida do espírito de dentro dele (por exemplo, Jos. 5:1; I Reis 10:5; Sal. 142:3; 143:4,7; Eze. 21:7).

Paralelamente a isso, a restauração após esse estado é descrita como se o espirito retornasse ou estivesse sendo reavivado dentro do homem (por exemplo, Gên. 45:27; Juí. 15:19; I Sam. 30:12). Assim, a ressurreição física da filha de Jairo foi descrita como a volta de seu espirito ao seu corpo físico, de acordo com Luc. 8:55.

Ademais, a renovação da vida em sua correta relação com Deus, é citada como a doação de um novo espirito (Eze. 11:19; 36:26; Rom. 7:6), enquanto que a contínua operação da graça divina é o reavivamento do «espirito dos abatidos» (Isa. 57:15). E, dentro da comunhão cristã, um crente tem o seu espirito refrigerado por outro crente (I Cor. 16:18 e II Cor. 7:13).

Isso conduz ao contraste entre a carne e o espírito, que se acham tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos, embora mais definidamente neste último. O homem total é composto de corpo e espirito. Tanto o corpo quanto o espirito podem ser contaminados (II Cor. 7:1); e ambos podem ser santificados (I Cor. 7:34). O espírito, todavia, é o principio vital, a pessoa real, o «eu» interior, ao passo que o corpo físico é a personalidade externa. No dizer de Tiago 2:26, o corpo, destituído do espírito, está morto.

A carne pode ser destruída e o espirito pode ser salvo ( I Cor. 5:5) . Uma pessoa pode estar presente em espirito, embora ausente no corpo (Col. 2:5). Em passagens como João 3:5-8; Rom. 8:3-14 e Gálatas 4:21—5:26, a distinção entre carne e espírito corresponde a vontade e ao poder do homem, à parte de Deus, que faz o que ele prefere, e a vida, à vontade e ao poder dados pelo Espírito de Deus, que capacita o homem a fazer aquilo que Deus prefere.

Na Bíblia também vemos a comparação entre «a letra» e «o espírito», o que aponta para a mera obediência ao código escrito da lei mosaica, em contraste com a observância misturada com o entendimento do propósito da lei, bem como com o amor que procede do coração (por exemplo, Rom. 2:27;28 e II Cor. 3:6 ssj.

Já a distinção entre a alma e o espirito é mais difícil, se não mesmo impossível. Há trechos (por exemplo, Isa. 26:9) do Antigo Testamento quando o «espirito» (no hebraico, ruach) e a «alma» (no hebraico nephesh) são paralelos. Da mesma forma há lugares onde «espírito» e «coração» (no hebraico, leb) são paralelos (por exemplo, Isa. 57:15; Dan. 5:20).

Em outras oportunidades, ruah é o princípio ativador, ao passo que Nephesh é o ser vivo que assim é produzido. Isso se vê desde Gên. 2:7: «Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida (ruah), e o homem passou a ser alma (nephesh) vivente».

No Novo Testamento parece haver alguns poucos trechos onde o homem é considerado composto de três elementos principais. É o que se verifica com I Tessalonicenses e Hebreus 4:12. No entanto, o primeiro desses textos bíblicos não precisa ser interpretado em termos rígidos, como se Paulo estivesse ensinando que o homem é um ser tripartido. — Hebreus 4:12 mostra que a alma pode ser distinguida do espirito, embora haja dificuldades de interpretação envolvidas.

—Por essa razão, muitos estudiosos têm preferido pensar que esse versículo está falando sobre um aspecto superior (o espírito), e um aspecto inferior (a alma) da porção imaterial do homem, de sua vida psíquica. 

Nesse caso, a alma seria a manifestação da porção imaterial do homem para com o mundo, e o espirito seria a manifestação dessa mesma porção imaterial para com Deus.

Essa interpretação tem a decisiva vantagem de concordar com aqueles outros trechos do Novo Testamento que mostram que o homem é um ser bipartido; corpo e espirito. Uma vez mais, alma (psuché) e espírito (pneuma) aparecem como termos paralelos (ver Luc. 1:46,47). Mas ver IV., a seguir.

O trecho de I Coríntios 2:14,15 é aquele que estabelece a mais clara distinção entre os psuchikoi, que seriam indivíduos cujas vidas não são influenciadas pelo Espirito de Deus, e os pneumatikoi, que seriam indivíduos dirigidos pelo Espirito Santo (cf. Judas 19).

IV. A Ajuda da Ciência e o Sobre-ser

Estudos, em universidades, que procuram demonstrar o que o homem é, têm mostrado, certamente, que o complexo de energias que constituem o homem, são pelo menos três. A experiência humana na separação de energias na morte, mostra que o homem é mais do que dualista.

A volta do ser essencial depois dos primeiros passos da morte (depois da morte clínica do corpo) não é uma experiência rara. Estudos sobre esse acontecimento mostram que na separação de energias, no momento da morte, três energias são envolvidas, sendo a energia do corpo, a vitalidade, e o ser essencial, a alma (espírito).

Talvez possamos usar as palavras corpo, mente e alma (tricotomia) para designar estas energias. Estudos sobre estas questões podem ser classificados como preliminares, mas até o ponto onde temos chegado, podemos afirmar que o homem é, pelo menos, um ser triúno. A vitalidade, aparentemente, é uma energia semifisica. Ver o artigo separado sobre Experiências Perto da Morte.

No que concerne a propósitos práticos, pode-se dizer que o homem é uma trindade, tal como Deus é trino, pois é assim que ele se manifesta presentemente. E isso não é argumento desprezível, posto que o homem foi criado segundo a imagem de Deus, parecendo que, naturalmente, sua natureza se manifesta também mediante três elementos. Champlim também defende a tricotomia.

Porém, no que concerne à real natureza metafísica do homem, pode-se dizer apenas que nosso conhecimento a respeito ainda é pequeno, pois nesse campo reina profundo mistério. O que é certo é que no homem há muito mais que o corpo e a alma, ou seja, a parte material e a parte imaterial, que é a grande tese da dicotomia. Ver o artigo separado sobre Dicotomia-tncotomia. Ver também sobre Imortalidade.

O Sobre-ser. Religiões orientais postulam um quarto elemento no complexo de energias que constituem o homem. O Sobre-ser é considerado o verdadeiro homem, um ser de elevada natureza e posição, semelhante ao anjo da guarda do cristianismo. Mas o Sobre-ser seria o próprio homem, ou a entidade verdadeira da pessoa, enquanto que a alma seria sua manifestação controlada e utilizada por ele, da mesma maneira que o corpo é utilizado pela alma. Se isso fosse verdade teríamos uma tetracotomia e não uma tricotomia.

O Sobre-ser, segundo estas religiões, é capaz de se encarnar em mais do que um corpo ao mesmo tempo, como a mão controla cinco dedos que são ao mesmo tempo inter-relacionados e, coletivamente, associados à mão. — Segundo esta doutrina, cada pessoa terrena representa mero fragmento de seu ser verdadeiro. Atrás de cada pessoa há uma força espantosa, e esta força é a própria pessoa em outra e mais alta dimensão, como no cristianismo o anjo da guarda é uma força que acompanha a pessoa, mas que pertence a uma outra dimensão.

Esta doutrina não elimina, obviamente, outros seres mais altos, como os anjos, por exemplo, mas exalta poderosamente a natureza humana, dando a ela uma explicação altamente espiritual. De modo semelhante, as Escrituras declaram que o homem é um pouco mais baixo do que os próprios anjos, Salmo 8:5.

V.    O Ser Essencial do Homem

Com base no fato de que o espirito é considerado o princípio vital do homem, daí as Escrituras passam a apresentar o espírito como a fonte e a sede do discernimento, da sensibilidade e da vontade, ou seja, o ser essencial do homem. Isso explica muitos usos da palavra «espírito», no Antigo e no Novo Testamentos.

Assim, o espírito do homem é despertado (Esd. 1:1,5), ou perturbado (Gên. 41:8); regozija-se (Luc. 1:47), ou fica abatido (Èxo. 6:9) mostra-se bem disposto (Mat. 26:41), ou é endurecido (Deu. 2:30). Um homem pode mostrar-se paciente no espírito (Ecl. 7:8), orgulhoso ou humilde de espírito (Mat. 5:3).

Provérbios 25:28 mostra a necessidade de controlarmos nosso próprio espírito. É o espírito do homem que busca a Deus (Isa. 26:9); e é ao espírito humano que o Espírito de Deus dá testemunho (Rom. 8:16).

Nesse sentido, o espírito de uma pessoa pode influenciar ou mesmo dominar o espírito de outra pessoa. É possível que outras pessoas tenham o espírito de Moisés (Núm. 11:17,25), ou de Elias (II Reis 2:9,15; Luc. 1:17). Por semelhante modo, uma pessoa pode ser influenciada pelo espírito deste mundo (I Cor. 2:12), ou pelo espirito de profetas falsos fEze. 13:3). Essa observação de Champlim vai além do conceito de tricotomia.

VI.    A Disposição Dominante do Homem

Muitas operações do ser essencial do homem são consideradas como atos do seu espírito. Daí é preciso um pequeno salto para descrever o espírito humano em termos de alguma atitude ou disposição dominantes. Assim, um homem pode ter um espírito altivo ou humilde (Pro. 16:18,19), um espírito de inveja (Núm. 5:14), um espírito de servidão (Rom. 8:15), um espírito de estupor (Rom. 11:8) ou um espírito de sabedoria (Deu. 34:9).

Quanto a essa questão, é digno de atenção que o grego com freqüência usa o substantivo em lugar do adjetivo. Para exemplificar, «espírito de brandura» (Gál. 6:1) equivale a «espírito manso e tranqüilo» (I Ped. 3:4). Finalmente, quanto a esse tipo de uso, há ocasiões em que é difícil dizermos com certeza se o que está sendo descrito é alguma disposição ou é algum espírito maligno que estaria produzindo aquela má disposição, ou então o Espirito de Deus, que possibilitaria a boa disposição. 

Quando a passagem de Romanos 8:15 fala sobre «o espírito de adoção», ou quando lemos: «…espírito de sabedoria e de revelação», em Efésios 1:17, então é difícil o estudioso da Bíblia mostrar-se dogmático sobre como a palavra espírito é empregada nesses trechos. O Espírito Santo vem habitar com o espírito humano, outorgando-lhe «…espírito… de amor e de moderação» (II Tim. 1:7).

Dicionário Champling

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Até a próxima! Que Deus te abençoe.

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