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17 de outubro de 2020Estudo sobre a salvação, soterologia, justificação e santificação
Justificação e santificação são dois elementos imprescindíveis para a salvação.
Nesta lição, será enfatizado o tema “salvação” e o reflexo das ações salvíficas do Senhor em todas as áreas da vida humana, destacando dois aspectos da salvação: justificação e santificação.
O termo “salvação” tem múltiplos sentidos na Bíblia. Podendo se referir a cura de doenças, preservação em momentos de perigo, entre outros.
Em nosso contexto evangélico, geralmente a palavra é usada para se referir ao que Jesus Cristo fez em favor dos pecadores. É a libertação do pecado. Envolve regeneração, justificação, santificação, glorificação. O escritor aos Hebreus identifica como “uma tão grande salvação” [Hb 2.3].
Nossa palavra, salvação, vem do latim salvare, que significa «salvar», e de «salus», que significa «saúde» ou «ajuda». A palavra hebraica traduzida em português por «salvação» indica «segurança».
O termo grego soteria e suas formas cognatas, têm a ideia de cura, recuperação, redenção, remédio, bem-estar e resgate. Essa palavra pode ser usada em conexões totalmente físicas e temporais, ou no que diz respeito ao bem-estar da alma, presente e eterna. A ideia de «salvar», quando usada para indicar a salvação espiritual, fala sobre o livramento do pecado, da degradação moral e das penas que devem seguir-se, como o julgamento divino.
Mas o livramento também nos confere algo: o perdão, a justificação, a transformação moral e a vida eterna, que consiste na participação na própria vida de Deus, no seu «tipo» de vida. A discussão abaixo explica mais amplamente a natureza desse «livramento para alguma coisa», bem como desse «livramento de alguma coisa».
Salvação segundo o A.T.
Apesar de que a salvação, com frequência, aparece ali apenas como algo no tempo, como da ira de algum inimigo («o justo viverá por sua fé», em Hab. 2:4; fala da preservação física), há passagens, como Isa. 45:17, Dan. 7:13 ss., e Isa. 53, que entram no nível espiritual da salvação.
Os rabinos, após o período patriarcal, criam na alma, no após-vida, nos luga-es celestiais. Mas, a salvação, nas páginas do A.T., jamais tomou alguns aspectos revelados no N.T., especialmente no tocante à plenitude da filiação, em que os homens assumem a natureza do próprio Cristo, a fim de terem sua mesma glória e herança.
Esse é um conceito que escapou à teologia dos judeus, que continua a ser ignorado e desconhecido na maioria das igrejas de hoje em dia, onde a salvação é reduzida ao perdão dos pecados e à mudança de endereço para os céus, após a morte física.
Salvação segundo o N.T.
Até mesmo a leitura superficial do nj.T. revelará que nem todos os autores do N.T. têm o mesmo ponto de vista acerca da salvação. Não obstante, seus pontos de vista são suplementares, e não contraditórios. A visão da pienitude da salvação é mais clara em alguns escritores sagrados do que em outros.
a. Nos evangelhos sinópticos. A salvação vem por meio de Jesus (ver Luc. 19:9). Ele veio para salvar (ver Mar. 3:4; Luc. 4:18; Mar. 18:11; Luc. 9:56 e Mat. 20:28). Sua missão impõe certa obrigação moral sobre os homens (Mar. 8:35; Luc. 7:50: 8:12; 13:24 e Mat. 10:22). A salvação requer um coração contrito, a receptividade como a de uma criança, a renúncia de tudo por causa de Cristo.
Ela nos conduz a vida eterna, à salvação da alma (ver Mat. 7:13,14 e Mar. 8:34 e ss). Isso envolve a associação com Jesus em seu reino (ver Mat. 13; Mar. 8:38), que e visto como algo ao mesmo tempo celestial e terreno. Ver Mat. 3:2 e o artigo sobre a doutrina do Reino. Envolve a inquirição e a posse final das perfeições morais (ver Mat. 5:48).
Nos evangelhos sinópticos, entretanto, nunca temos a descrição dos níveis mais altos da transformação segundo a imagem de Cristo, em que passamos a ser o que e!e é e a possuir o que ele tem. O evangelho normalmente pregado nas igrejas evangélicas se eleva somente até o nível dos evangelhos sinópticos, o que deixa de lado especiais e maiores revelações, como aquelas dadas a Pedro e, mormente, a Paulo.
b. No evangelho de João. Nesse evangelho temos um ponto de vista mais similar ao de Paulo do que aos dos evangelhos sinópticos. O princípio de filiação é associado à salvação, e isso é um discernimento penetrante. Fica subentendido que aquilo que é o Filho, nisso nos transformamos, pois também seremos autênticos filhos do Pai celeste.
Somente no evangelho de João, de maneira mais clara e como descrição direta, é que temos o conceito da participação do homem na vida «necessária» e «independente» de Deus, o Pai. Há muitas «modalidades» de vida, a comecar pelos animais unicelulares, passando por animais mais completos, do mar, da terra e dos ares.
Finalmente, chegamos ao homem, o qual incorpora em si mesmo os aspectos físico e espiritual da vida, de maneira especial. As evidências mostram que toda a vida é dual, e talvez imortal, pelo menos toda e qualquer vida tem uma porção psíquica, que talvez seja o controle real do desenvolvimento físico.
A fotografia Kirliana tem demonstrado o fato. Trata-se de um processo fotográfico, similar à radiologia, que fotografa a aura existente ao redor de todas as coisas vivas, e que mostra que todas as coisas possuem dualidade.
Existem formas de vida que cobrem e possuem a parte física, e essas, evidentemente, são as inteligências que dirigem o desenvolvimento físico desde a concepção, mantendo a vida física. Não obstante, o homem, em alto grau, é uma incorporação da vida espiritual com a vida física. Além disso, há a vida puramente espiritual, dos seres celestiais. Mas a vida inteira, incluindo a desses últimos, é vida dependente, isto é, depende de Deus para ser sustentada.
Toda a vida, abaixo da vida de Deus, é vida «não-necessária», isto é, pode existir ou pode ser reduzida a nada, por ser vida potencialmente perecível. Mas Deus é o pináculo de toda a vida, sua fonte e sustentáculo. Já o «tipo» de vida de Deus é diferente. Ele é independente, dependendo somente dele mesmo para continuar a viver; e também é vida necessária, isto é, não pode deixar de existir.
Sim, Deus tem vida «independente», porque ele depende somente de si mesmo para existir; e tem vida «necessária», porque essa forma de vida não pode deixar de existir. Foi esse o tipo de vida que o Filho recebeu até mesmo por ocasião de sua encarnação, na posição de Cabeça federal da raça remida. E, através dele, os remidos também recebem essa forma de vida. (Assim nos ensinam os trechos de João 5:25,26 e 6:57 o que é um dos mais elevados conceitos de todo o N.T.).
Os homens chegam a compartilhar dessa forma de vida, tornando-se muito mais elevados que os anjos, tornando-se membros autênticos da família divina, possuidores da natureza divina (ver II Ped. 1:4). Notemos que o elevadíssimo tipo de vida exposto no evangelho de João faz parte integral da salvação, sendo mediado através da ressurreição.
c. No livro de Atos. Neste ponto retornamos ao terreno dos evangelhos sinópticos, conforme se poderia antecipar do fato de que Lucas, seu autor, também é o autor do evangelho de Atos, um dos evangelhos sinópticos.
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Até a próxima! Que Deus te abençoe.
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